Criação:
Decreto nº 39.793, de 5 de agosto de 1998.
Área:
22.917 hectares.
Municípios de abrangência:
Aiuruoca, Alagoa, Baependi, Itamonte e Pouso Alto.
Descrição:
O Parque Estadual da Serra do Papagaio abriga um importante remanescente de Mata Atlântica do Estado. Localizado na Serra da Mantiqueira, possui formações mistas de campos, matas e áreas de enclave com matas de araucária.
O Parque Estadual da Serra do Papagaio abriga um importante remanescente de Mata Atlântica do Estado. Localizado na Serra da Mantiqueira, possui formações mistas de campos, matas e áreas de enclave com matas de araucária.
Na unidade de conservação, concentram-se as
nascentes dos principais rios formadores da bacia do Rio Grande, responsável
pelo abastecimento de grandes centros urbanos do sul de Minas.
Engloba importantes conjuntos montanhosos das
Serras do Garrafão e do Papagaio, apresentando cerca de 50% da área com
declividade acentuada e altitudes acima de 1.800 m. As encostas mais elevadas
localizam-se no sul (Morro da Mitra do Bispo com 2149m) e ao sudoeste (Pico do
Bandeira com 2357m na Serra do Papagaio). Situa-se numa área de rochas ígneas
ácidas, representadas por granitos de granulação fina e grosseira. Interliga-se,
geograficamente, com a porção norte do Parque Nacional do Itatiaia, permitindo
uma proteção mais efetiva da flora e da fauna, por compor um conjunto montanhoso
contínuo, legalmente preservado.
O Parque é uma importante reserva de diversas
espécies de mamíferos, aves e anfíbios, convivendo e se reproduzindo graças á
riqueza de ambientes e abrigos existentes. Destacam-se o mono carvoeiro, o
lobo-guará, o papagaio do peito roxo e a onça parda.
DEPOIMENTO
O Prof. Ricardo Bruzzese Laporta, nos tem muito para contar sobre
o PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO PAPAGAIO.
A iniciativa da criação do Parque foi de integrantes do CODEMA de
Aiuruoca. Na época o Prof. Ricardo Bruzzese Laporta era o Presidente do CODEMA e
existia um projeto desta área para que fosse transformado em ESTAÇÃO ECOLÓGICA.
Projeto esse que não foi adiante. Ciente que o Governo do Estado precisava de
uma área de compensação para o impacto da duplicação da Estrada Fernão Dias,
junto a Administração Pública de Aiuruoca, o Sr. Prefeito Joaquiam Faria Lopes,
reivindicamos que o Projeto de Estação fosse revertido em Parque em prol do
turismo de Aiuruoca.
Em 05 de Agosto de 1998 o Governador Eduardo Azeredo, no Palácio
da Liberdade, Decretou uma área de 22.917
hectares, abrangendo os municípios de Aiuruoca, Alagoa, Baependi, Itamonte e
Pouso Alto.
O Cerimonial no Palacio da Liberdade.
Ex-governador Eduardo Azeredo e Ex-presidente do GEA - Grupo Ecológico de Aiuruoca Ricardo H. Bruzzese Laporta Gonçalves.
Ex-governador Eduardo Azeredo assinando o Decreto do Parque.
Ex-secretário de Estado de Meio Ambiente José Carlos Carvalho assinando o Decreto do Parque.
Ex-governador Eduardo Azeredo, Ex-prefeito de Aiuruoca Joaquim de Farias Lopes e Ex-Prefeito de Alagoa e outras autoridades.
Por suas características de geomorfologia, riqueza e diversidade biológica, a Serra do Papagaio abriga as principais fontes de água que alimentam as bacias hidrográficas dos rios Aiuruoca e Verde, contribuintes da bacia do Rio Grande.
Somando estes atributos ambientais à sua beleza cênica, a FEAM criou a Estação Ecológica do Papagaio em 1990, transformada pelo IEF em Parque Estadual pelo Decreto Estadual nº 39.793, de cinco de agosto de 1998.
O Parque Estadual da Serra do Papagaio, com uma área de 22.917 ha, localiza-se na região do rebordo ao norte do Maciço do Itatiaia, alto rio Grande, no sul de Minas Gerais, abrangendo os municípios de Aiuruoca, Alagoa, Itamonte, Pouso Alto e Baependi, estando inserido na APA da Mantiqueira.
Com altitudes que variam entre 1200m e 2360m, o Parque possui áreas remanescentes de mata atlântica e campos de altitude, estando inserida na zona núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. A Serra do Papagaio, por estar situada no corredor sul da Mata Atlântica e por apresentar remanescentes florestais com alto grau de conectividade, representa uma importante matriz de espécies raras e endêmicas, sendo que muitos dos seus ecossistemas servem de abrigo para animais ameaçados de extinção como o papagaio-de-peito-roxo, o urubu-rei, a onça pintada, o mono carvoeiro e o macaco sauá.
A região, formada pelas bacias hidrográficas dos rios Aiuruoca e Verde, caracteriza-se pela economia predominantemente rural tradicional, pouco diversificada e baseada na agropecuária, com padrões de renda e produtividade relativamente baixos.
A beleza e tranqüilidade da região da Serra do Papagaio atraíram, nos últimos vinte anos, pessoas de origem predominantemente urbana que vieram viver ou instalar sítios de lazer.
Embora exista uma mentalidade conservacionista, a subdivisão das fazendas em sítios e a construção de novas residências e meios de hospedagem sem planejamento vêm causando o adensamento populacional e construtivo, gerando um novo tipo de pressão sobre os ecossistemas locais e modificando a paisagem da região.
O adensamento da ocupação humana e da visitação turística na região é uma tendência e uma realidade, e estes fatos, que se repetem por toda a região, trazem a necessidade premente de um planejamento ambiental e de um ordenamento territorial, a fim de garantir a integridade dos ecossistemas e da paisagem local, considerando-se sua inserção na APA da Mantiqueira, no interior e no entorno do Parque Estadual da Serra do Papagaio - PESP.
Por outro lado, a falta de novas opções econômicas e de programas educacionais direcionados, ocasiona a manutenção de práticas tradicionais como as queimadas nos campos de altitude, a caça e a retirada de produtos florestais na região do parque e suas imediações.
A apresentação de novas alternativas econômicas para a região, voltadas para o turismo sustentável, e até mesmo para a produção e aproveitamento econômico de novas espécies vegetais tradicionalmente utilizadas, poderão motivar positivamente estas comunidades, criando um entorno de proteção efetiva ao Parque.
Este direcionamento poderá criar um ambiente favorável para a consolidação e ampliação dessas iniciativas, atendendo à necessidade urgente de gerar uma nova perspectiva, no processo de instalação da Unidade de Conservação, junto ‘as comunidades do entorno.
A aplicação das novas diretrizes de gestão ambiental em unidades de conservação por meio de parcerias têm, na região da Serra do Papagaio, um desafio e uma oportunidade para viabilizar alternativas de conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável em Minas Gerais.
Mosaico de UCs
Localização no Brasil
A Mata Atlântica na Região do Parque
A região do Parque Estadual da Serra do Papagaio está inseridA em um importante fragmento do bioma Mata Atlântica em transição para o bioma Cerrado, na Região sul do Estado.
Suas características, localização geográfica, formas de relevo, sua origem e evolução têm contribuído para o processo de sua conservação in situ e adaptação química das espécies dos reinos: Vírus, Monera, Fungi, Stramenopila, Protista, Plantae e Animalia. Ressaltamos que a região do PESP ainda é habitat de espécies desconhecidas quanto a sua classificação sistemática e os seus conteúdos químico e genético e respectivas atividades biológicas de natureza alimentícia, medicinal, cosmética, etc.
O reino Plantae possui populações naturais de Bryophytas, Pteridophytas, Gymnospermaes e Angiospermaes em diversos ambientes: mata, mata ciliar, campo natural com mata galeria, campo natural de altitude rupestre, capoeira, entre outros.
Há presença de uma fantástica composição florística em sucessão evolutiva para famílias de Angiospermas com tipos de hábito: árvores, árvores predominando sobre arbustos, árvores e arbustos, arbustos predominando sobre árvores, arbustos, arbustos predominando sobre ervas, arbustos e ervas, ervas predominando sobre arbustos e ervas. Agressões constantes, principalmente queimadas, têm colocado em risco este fragmento. Sua conservação não deve ser encarada apenas como uma questão ecológica, mas como uma atitude essencial à sobrevivência do ser humano. A natureza compartilha milhares de genes com o homem, podendo auxiliar na sua adaptação bioquímica aos ciclos de “complexa instabilidade” que virão em breve a partir da perda da camada de ozônio, das mudanças climáticas, do efeito estufa, da destruição das florestas, da contaminação dos rios, mares e da diminuição da biodiversidade. Hoje a Mata Atlântica encontra-se reduzida a menos de 10 de sua área inicial de domínio.
òtima matéria sobre o Parque.
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